16 de mai. de 2010
Pra você guardei o amor - Nando Reis
Pra você guardei o amor que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar sentir
Sem conseguir provar, sem entregar e repartir
Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar, sorrir
Vem colorir, solar, vem esquentar e permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz no giz do gesto
O jeito pronto do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar
Guardei, sem ter porque, nem por razão, ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei, vendo em você, e explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz
Céu, cheiro e ar na cor que arco-íris risca ao levitar
Vou nascer de novo, lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril, meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço do seu lar
Guardei, sem ter porque, nem por razão, ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei, vendo em você, e explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar sentir
Sem conseguir provar, sem entregar e repartir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz no giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar
Guardei, sem ter porque, nem por razão, ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei, vendo em você, e explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder no fogo o gelo vai queimar...
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